Última atualização: 03/03/2020, Dr. Miguel B. Royo Salvador, número de registro médico: 10389. Neurocirurgião e Neurologista.
A coluna vertebral é formada por 26 ossos, definidos como vértebras, que integram as regiões cervical, dorsal, lombar, sacrococcígea. Estas vértebras sustentam o tronco de maneira axiforme e proporcionam proteção à medula espinal, que se estende através da sua cavidade central.
Entre as vértebras da coluna, existe um tecido fibroso em forma de disco, como uma almofada resistente e elástica, que amortece os impactos e os esforços entre as mesmas, permitindo, assim, à coluna vertebral certa flexibilidade e mobilidade.
Os extremos de cada vértebra contêm um revestimento, as placas terminais, que impedem que os discos se sobressaiam.
Cada disco intervertebral está composto por uma cobertura externa mais sólida, chamada anel fibroso, que envolve uma substância interna gelatinosa, chamada núcleo pulposo. As raízes nervosas saem do canal medular através de pequenos canais entre as vértebras e os discos. Quando o disco danificado exerce pressão dentro do canal medular ou nas raízes nervosas, pode haver dor e outros sintomas.
Fig.1
Uma hérnia, em geral, se dá quando ocorre o deslocamento, de forma natural ou acidental, de um órgão ou de uma parte dele para fora da cavidade que, normalmente, o contém.
A hérnia de disco vertebral consiste na saída do seu conteúdo, o núcleo pulposo, através de uma fissura na estrutura fibrosa do disco (Fig. 2).
A protrusão de disco vertebral, por sua vez, consiste na deformação do anel fibroso do disco intervertebral, sem saída do conteúdo (Fig. 3).
Em condições normais, o processo de desgaste de cada disco provoca a perda paulatina da resistência de algumas das fibras que constituem a estrutura que o envolve, podendo provocar a retração ou a ruptura espontânea das mesmas. Quando isso ocorre, parte do conteúdo gelatinoso do disco ou núcleo pulposo pode se deslocar para fora.
Se a hérnia surge em algum ponto do anel fibroso onde não há nervos e o seu volume não chega a comprimir a raiz nervosa, é possível que não haja dor nem sensação de incômodo em momento algum.
Já se o núcleo pulposo se desloca para um ponto onde há nervos, estes acabam sendo comprimidos, ocasionando lesões, o que pode desencadear dores nas costas na região correspondente ao local da hérnia, além de contraturas reflexas e/ou dores irradiadas aos membros inferiores ou superiores.
Se a inflamação por compressão das raízes nervosas adjacentes aumentar o suficiente, pode aparecer uma alteração ou perda da sensibilidade na zona do nervo afetado, com dormência ou formigamento, debilidade e perda de força.
O diagnóstico de hérnia ou de protrusão de disco intervertebral se baseia na avaliação física e no exame neurológico realizados por um(a) especialista durante uma consulta médica, na qual se observam os reflexos, a força muscular, a capacidade para caminhar e a sensibilidade táctil.
Se houver, por parte do(a) profissional médico, a suspeita da existência de uma hérnia ou de uma protrusão de disco, os exames diagnósticos que se podem indicar para comprovar a sua presença e localização são
Geralmente, a hérnia de disco intervertebral é o resultado da degeneração dos discos, sendo esta progressiva, gradual e relacionada ao envelhecimento, com a perda de parte do seu conteúdo de água. Os discos vão ficando, com os anos e os esforços físicos, menos flexíveis e mais propensos a rupturas.
– Segundo o método médico Filum System®:
Foi observado que o aumento da pressão nos discos vertebrais pela força da tração medular decorrente de um Filum Terminale excessivamente tenso, somado a esforços menores do que o normal, ocasionam a ruptura precoce do anel fibroso dos discos intervertebrais. Por esta razão, as protrusões e hérnias de disco vertebrais são mais frequentes em pacientes com a Doença do Filum/Síndrome Neuro-Crânio-Vertebral (DF/S.NCV), já que esta poderia participar da causa da degeneração dos discos.
Em geral, são considerados alguns dos fatores que poderiam aumentar a probabilidade de que apareça uma hérnia ou protrusão de disco. São os seguintes:
Os discos intervertebrais com hérnias ou protrusões podem afetar as raízes nervosas e/ou a medula espinhal. Isto pode produzir progressivamente:
– O tratamento conservador, ao menos em uma fase precoce da hérnia ou da protrusão, pode aliviar os sintomas, ou inclusive faze-los desaparecer durante alguns dias ou semanas. A princípio, este consiste, especialmente em evitar posições dolorosas e não fazer esforços. Também pode implicar na administração de medicamentos analgésicos, narcóticos, anticonvulsivos, relaxantes musculares ou corticóides.
– O tratamento mediante fisioterapia se indica quando já não é mais suficiente limitar posições e atividade diária. A fisioterapia pode ser planificada por meio de uma série de exercícios, cujo objetivo é minimizar a dor provocada pelas hérnias ou protrusões.
– O tratamento cirúrgico é indicado quando: os sintomas não ficam mais amenos nem desaparecem após algumas semanas, mostrando resistência a qualquer outro tratamento, o que piora a qualidade de vida do(a) paciente; a intensidade dos sintomas não diminui com medicação e fisioterapia; ou quando a parte neurológica, motora ou sensitiva, está sendo afetada de maneira progressiva.
A técnica cirúrgica para a hérnia ou protrusão de disco consiste na eliminação do tecido cartilaginoso do disco intervertebral, que comprime as raízes nervosas ou a medula espinhal. Se o(a) cirurgião(a) observar a necessidade de se colocar um substituto mecânico ao núcleo pulposo que saiu espontaneamente ou por meio da cirurgia, podem ser utilizados diversos elementos, como osso do(a) próprio(a) paciente. Se a ideia é evitar uma ferida cirúrgica e as possíveis complicações decorrentes da extração, é possível colocar enxertos de procedência animal, produtos minerais, ou espaçadores intervertebrais de materiais biocompatíveis. De acordo com a localização da região operada e com o resultado da cirurgia (se a coluna ficar instável apesar da colocação do espaçador intervertebral), seria possível proceder uma operação de fixação com placas e parafusos.
No caso das hérnias de disco lombares e dorsais, a técnica mais utilizada é a discectomia via semi-hemi-laminectomia para as lombares, a transartrectomia para as dorsais; a discectomia pela via anterior com a colocação de um enxerto ou espaçador intervertebral para as cervicais.
– Segundo o método médico Filum System®:
Em geral, a pauta de tratamento para pacientes que padecem da Doença do Filum ou da Síndrome Neuro Crânio Vertebral, acompanhada de hérnias/protrusões de disco, é a de priorizar a aplicação da Secção do Filum Terminale (SFT), com técnica exclusiva minimamente invasiva do FS®, e observar a evolução clínica da hérnia/protrusão de disco.
Somente em casos nos quais exista um intenso quadro álgico ou um acentuado déficit neurológico relacionado à hérnia/protrusão de disco, se indica a exérese da mesma em uma única sessão operatória na qual se realiza também a Secção do Filum Terminale.
Uma vez realizada a SFT, quando não se opera no mesmo ato cirúrgico a hérnia/protrusão de disco, no caso da persistência ou piora da sintomatologia, posteriormente se indica a exérese cirúrgica da hérnia de disco.
Este protocolo está baseado na experiência positiva da nossa equipe médica, no qual se constatou a evolução favorável dos(das) pacientes. Após a liberação da tração medular com a SFT, na maioria dos casos, houve uma melhora quanto às hérnias/protrusões de disco tanto no aspecto clínico quanto nos exames complementares.
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