Setembro: mês da Arnold-Chiari
ESCLARECEMOS DÚVIDAS
sobre a Síndrome de tipo I e a sua abordagem através do Filum System^®

Published by ICSEB at 28 Setembro, 2025

Como todos os anos, durante o mês de setembro dedicamo-nos à conscientização sobre a Síndrome de Arnold-Chiari. No dia 28 de setembro celebra-se o seu Dia Internacional, com o objetivo de dar visibilidade a essa doença e oferecer apoio às pessoas que a enfrentam e às suas famílias.

Como é sabido, o nosso Instituto propõe aos pacientes um método único de tratamento dessa patologia, abordando-a por meio da nossa técnica cirúrgica exclusiva, minimamente invasiva, e posteriormente restaurando as lesões e as funções do sistema nervoso afetado — as que forem reversíveis e puderem ser recuperadas – com reabilitação e medicação.

A descoberta etiológica do Dr. Royo considera que um ligamento, o Filum terminale, congenitamente demasiado tenso, é a causa de uma tração excessiva sobre todo o sistema nervoso central (SNC); tudo isso constitui a Doença do Filum (EF). Uma das suas consequências, entre outras, é a descida de todo o SNC e da sua porção inferior mais visível – as amígdalas cerebelosas – através do forame occipital, descida própria da síndrome.

Atualmente, a Doença do Filum é muitas vezes confundida especialmente com a medula ancorada oculta ou não oculta (MAO e MA), que são dois tipos de disrafismos. A propósito dessa questão, queremos aproveitar a ocasião do mês da conscientização para esclarecer dúvidas.

Embora o termo “disrafismo” se refira a um grupo de defeitos congênitos que resultam de uma falha no fechamento do tubo neural durante o desenvolvimento embrionário, e por isso a EF possa de certa forma ser inscrita nesse tipo de defeitos, esta última em particular consiste em um conflito mecânico entre o neuroeixo e a coluna vertebral, quando na fase embrionária do desenvolvimento crescem de forma assincrônica além do normal.

Consideramos que esse crescimento assincrônico, juntamente com o conflito mecânico mencionado, é provocado por um filum terminale aparentemente normal, responsável por várias patologias, sendo a principal – segundo os nossos estudos e nossa base de dados – a Síndrome de Arnold-Chiari I, provocada pela tração caudal, que puxa para baixo todo o SNC.

Ao contrário da MA e da MAO, nas quais o filum terminale pode ancorar a medula em diferentes níveis e de forma visível nas ressonâncias magnéticas, que são entidades diferentes da Arnold-Chiari I, na qual não há evidência de nenhum ancoramento medular; por outro lado, o paradigma que pressupõe a definição da EF contribui para a compreensão da descida das amígdalas por si só, como duas entidades estreitamente ligadas entre si, sendo a primeira a causa e a segunda a sua consequência.

Isso abre novas fronteiras na pesquisa e amplia as opções de tratamento disponíveis para os pacientes, oferecendo-lhes a possibilidade de um método que atua sobre a causa e não sobre a consequência da patologia, com pouco risco cirúrgico.

Ao eliminar a causa, o SNC deixa de sofrer a tração caudal constante que incidia sobre ele e passa a ter a possibilidade de reparar e restaurar as lesões que ocorreram antes do tratamento, melhorando a qualidade de vida na maioria dos casos.

Divulgar essa e outras descobertas da nossa equipe contribui para criar cada vez mais consciência sobre a Síndrome de Arnold-Chiari I e para dar esperança aos doentes e os seus familiares. Anime-se a fazer isso!

Você pode encontrar aqui todas as informações de interesse:

https://institutchiaribcn.com/pt/publicacoes-dr-royo/

https://institutchiaribcn.com/pt/faqs/

https://institutchiaribcn.com/pt/doencas-que-tratamos/sindrome-de-arnold-chiari-i/