Última atualização: 03/03/2020, Dr. Miguel B. Royo Salvador, número de registro médico: 10389. Neurocirurgião e Neurologista.
A coluna vertebral está composta por 33 vértebras: 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas ou dorsais, 5 vértebras lombares, 5 vértebras sacras e 4 ou 5 vértebras coccígeas. As sacras e as coccígeas formam ossos independentes, unidos por uma articulação. Já as demais, exceto a primeira e a segunda vértebra cervical, estão conectadas entre si por discos intervertebrais, articulações interaposifárias e ligamentos. Estas junções possibilitam uma grande mobilidade, o que torna possível ao ser humano se alongar, se agachar e girar.
Pela frente, as vértebras estão apoiadas entre si pelos corpos vertebrais, que estão separados pelo disco intervertebral. Por trás e lateralmente, estão unidas entre si por umas articulações que se chamam interapofisárias ou facetárias, que dependem da altura do disco intervertebral para estarem bem posicionadas.
As estruturas que formam a articulação facetária são: a cápsula fibrosa, a membrana sinovial, a cartilagem hialina e o osso. As articulações facetárias possuem inervações na divisão medial do ramo dorsal das raízes intervertebrais, e cada uma delas recebe a inervação dupla dos segmentos adjacentes superior e inferior e do lado contralateral.
Se o disco intervertebral diminui em altura, a fricção entre os ossos e as limitações decorrentes degradam excessivamente as cartilagens articulares, além de poder produzir uma expansão ou uma separação da cápsula da articulação facetária, o que irrita as articulações, constituindo, assim, o que se define como Síndrome Facetária ou da articulação facetária.
Quando as articulações interapofisárias estão comprimidas e desgastadas, a Síndrome Facetária pode causar, principalmente, dor cervical, dorsal ou lombar. Em função das articulações facetárias afetadas, a dor pode ser unilateral ou bilateral.
Apesar de a dor se localizar especialmente na região lombar da coluna vertebral, pode se expandir e irradiar às nádegas, virilha e parte posterior da coxa, causando lumbago. Tal dor pode se irradiar também aos membros inferiores e, inclusive, aos superiores. Da mesma maneira, a irradiação da dor pode ocorrer na regiões cervical e dorsal, se expandindo, respectivamente, para os membros superiores e para a região dorso-abdominal.
Outro sintoma que pode aparecer é a perda da sensibilidade nas pernas e nos braços. A inflamação das articulações facetárias também pode provocar rigidez, dificuldade para se endireitar e para se levantar da posição sentada.
É comum que a dor aumente com esforços físicos ou quando se carregam objetos pesados. Também é habitual que tal dor se agrave quando o(a) paciente está de pé durante muito tempo e quando faz movimentos de rotação, inclinação ou hiperextensão contralateral. A dor pode melhorar quando ele(a) se deita ou realiza movimentos de inclinação para frente.
A suspeita de uma Síndrome Facetária surge quando um(a) paciente apresenta uma cervicobraquialgia, dorsalgia ou lombo-ciática, inclusive quando está em repouso (além de outros sintomas característicos), com exames neurológicos e complementares negativos e quando não aparece nenhuma causa que possa ser visualizada em uma Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada ou em uma Eletromiografia.
Neste caso, se realiza uma infiltração diagnóstica. Este exame é realizado quando o(a) paciente sente dor habitualmente. Para este procedimento, se utiliza um anestésico local nas proximidades do nervo da articulação interapofisária suspeita de ser a responsável pela dor, com a ajuda de um monitor de TV-Raio X
Se a dor melhorar com a infiltração, isto indica de que se trata de uma Síndrome Facetária.
A Síndrome Facetária lombar é causada, principalmente, pelas alterações degenerativas das articulações vertebrais e dos tecidos articulares, como a osteartrose e a degeneração da cartilagem, que ocorrem nas articulações interapofisárias com o passar do tempo.
Além disso, esta síndrome pode ocorrer por alterações funcionais da articulação, como o colapso do espaço do disco intervertebral, com ou sem hérnias de disco, bloqueios e restrições dos movimentos.
Finalmente, pode se originar por outras patologias, como hérnias ou protrusões de disco, cistos, etc.
Os fatores de risco que podem afetar as articulações facetárias lombares são os seguintes:
A Síndrome Facetária articular lombar pode se complicar, principalmente, pela persistência dos seus sintomas, que, quando não são tratados, podem chegar a ser crônicos, o que afeta a qualidade de vida do(a) paciente.
Em geral, os tratamentos que se podem indicar para a Síndrome Facetária são os seguintes:
– O tratamento conservador: pode consistir em várias técnicas, entre as quais estão o reposicionamento das articulações mediante mobilizações da coluna vertebral, além de exercícios de fisioterapia de flexibilização e fortalecimento muscular. Se o tratamento fisioterapêutico não for suficiente, se procede a administração de anti-inflamatórios ou de cortisona.
– Se as terapias conservadoras fracassarem, somente em alguns casos selecionados, o tratamento pode se basear na infiltração de anestésicos e de cortisona na região das articulações afetadas.
– A supressão definitiva das dores da Síndrome Facetária é alcançada com a realização de uma lesão no nervo das articulações interapofisárias que elimine a transmissão da dor. Existem várias técnicas, entre as quais a neurotomia percutânea, que anula as fibras nervosas sensoriais da articulação facetária com uma técnica de radiofrequência, com cauterização dos filetes nervosos.
– Segundo o Filum System®:
A Síndrome Facetária se apresenta frequentemente em pacientes afetados(as) pela Doença do Filum. A força de tração caudal decorrente da última também afeta as articulações interapofisárias vertebrais, o que as sobrecarrega, favorecendo, assim, a aparição de processos artrósicos. Por esta razão, antes de tratar uma Síndrome Facetária, realizamos o protocolo diagnóstico do Filum System® para detectar uma possível Doença do Filum, que precisaria ser tratada prioritariamente.
A técnica escolhida pela nossa equipe médica, por precisão e inocuidade, é a eletrocoagulação com corrente de alta frequência, que é aplicada com excelentes resultados.
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