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Institut Chiari & Siringomielia & Escoliosis de Barcelona

Qual é a relação entre a Doença do Filum e a COVID-19?

Para responder esta pergunta, temos de levar em conta alguns dados:


  1. A doença COVID-19 é nova e recém transmitida de uma espécie animal para os seres humanos. Por isso, sabemos muito pouco sobre ela, já que tem somente três meses e 18 dias de existência.
  2. Não nos consta nenhum caso de Doença do Filum com a COVID-19. No entanto, o mais provável é que existam dezenas de milhares.
  3. Sabemos que a COVID-19 transcorre com um quadro de febre, cefaleia, tosse seca e, nos casos mais graves, insuficiência respiratória por dano aos pulmões.
  4. A COVID-19 se comporta de uma maneira similar a uma gripe comum, sendo que, em 80% dos casos, pode passar despercebida ou pode se manifestar com pouquíssimos sintomas.

Considerando os aspectos acima citados, podemos supor que:


  1. A COVID-19 pode acentuar o quadro de cefaleia ao aumentar a pressão intracraniana, devido a um processo de infecção e à tosse (como manobra de Valsava). Sendo assim, agravaria a sintomatologia de uma provável descida das amígdalas cerebelosas ou Síndrome de Arnold Chiari I.
  2. A tosse da COVID-19 também pode agravar a sintomatologia de uma cavidade siringomiélica, de uma forma parecida com a de uma tosse de uma gripe comum, ou seja, reduzida de maneira geral.
  3. Os problemas pulmonares decorrentes da COVID-19 se somam a possíveis danos do centro respiratório no tronco cerebral em alguns casos de Doença do Filum. Além disso, podem agravar o quadro de pacientes com a síndrome restritiva pulmonar devido a uma Escoliose idiopática severa. No entanto, estes são casos excepcionais.
  4. Mais para frente, veremos se a COVID-19 afeta outros órgãos do sistema nervoso, cardíaco ou outro, condicionando o prognóstico da sua relação com a Doença do Filum. De acordo com o que foi observado até agora, a possibilidade de dano a outros órgãos pela COVID-19 é reduzida ou nula.
  5. Em geral, a Doença do Filum não supõe um aumento de risco para a COVID-19.
  Barcelona, 17 de março de 2020